domingo, 10 de novembro de 2013

As cores, e dores, de um lago chamado Guaíba

imagem de André Feltes
Toda esta beleza nós é garantida na Constituição Federal, que diz: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações” (cap VI-art. 225). 
Em vários locais do estado verifica-se uma luta constante para a preservação de espaços que requer investimento, principalmente, na educação ambiental para informação e orientação necessárias. Os movimentos de atenção e cuidado com o Guaíba estão latentes, pelas suas águas, pela sua orla, pelas suas árvores, enfim, pelo ecossistema da bacia hidrográfica em geral. 

Que tenhamos fortalecida a sensibilidade, tal qual esta que captou a imagem acima, de visualizar ao longe o valor (não monetário) desta beleza.

Rio Guaíba
e o teu pôr do sol,
cartão postal
de uma cidade
que ainda conserva
o ar de província.
A cidade nasceu
porque tu, Guaíba,
estava aqui esperando
os Açorianos vir
armar suas barracas.
Velho Guaíba
assististe de perto
nossa história
com a tranquilidade
de quem conhece
a inexorabilidade do tempo.
Guaíba, em tupi-guarani,
quer dizer encontro das águas.
Num passado remoto
alguém de te designou
de lago de Porto Alegre,
mas por quase todo o tempo
o povo daqui te chamou
de Rio Guaíba,
porém, no finalzinho do século passado,
técnicos da Universidade Federal
e de universidades americanas,
após longo estudo, concluíram
que tu és um lago.
Não fiques triste,
meu amigo Guaíba,
tão acostumado
com o nome de rio
e agora te rotulam de lago,
mas eu serei solidário contigo
e te chamarei assim:
Lago Rio Guaíba!
Publicado por Dilmar Gomes em 13/01/12
“Tudo é constantemente modificado em nome do ‘progresso”.
As memórias do passado e a diversidade criada pela natureza 
são destruídas a cada dia.
Não se respeita nem a História
(as tradições e obras das gerações anteriores)
nem a Natureza 
(os ecossistema em diversidade).
Para que as futuras gerações tenham uma ideia
 da riqueza do que foi produzido no planeta,
para que sobrevivam amostras de todos os valores produzidos
pela Natureza ou pela História,
é necessário definir esses patrimônios,
que são áreas consideras 
intocadas,
protegidas,
resguardadas
contra a ambição...”

Palmiro Sartorelli Neto

Visite: www.anpur.org.br/revista/rbeur/index.php/APP/article/.../4068/3970  para acesso ao relato Carolina Herrmann Coelho de Souza* sobre o conflito urbano/ambiental pela preservação das margens do rio Guaíba,  focando fato ocorrido em 2008, objetivando estimular reflexões sobre o valor das APPs de cursos d'água no meio urbano e a proteção da orla do Guaíba, considerado patrimônio ambiental e cultural.  *Arquiteta e Urbanista, Mestre em Engenharia pela UFRGS, Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da UFMG
Movimentos em defesa do Guaíba:
http://poavive.wordpress.com/2009/04/06/guaiba-rio-ou-lago/rio-guaiba/
http://www.ecoagencia.com.br/?open=noticias&id=VZlSXRVVONlYHZFUjdEeXJFbKVVVB1TP
http://gertschinke.blogspot.com.br/2013/08/25-anos-da-tomada-da-chamine-evento.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário